Os alemães ficam doidos com o calor!

Tenho feito um montão de coisas giras. Além das visitas habituais numa cidade desconhecida, no domingo passado voltei ao Mauerpark para comprar uma bomba de ar para a bicicleta e deparei-me com um agrupamento de malta jovem num karaoke espontâneo. Deviam ser umas 300 pessoas sentadas numa espécie de anfiteatro e no meio um homem com uma bicicleta e um computador com amplificador. Então o pessoal inscrevia-se, ele ia chamando o nome dos candidatos e faziam a festa. Pelo meio havia também um homenzito a vender cerveja, (claro!), e havia já muita gente com uns copitos a mais. Mas o público rejubilava com o espectáculo, eles cantavam, dançavam, incentivavam os “artistas” e aplaudiam que se fartavam. Foi mesmo divertido aquele par de horas que lá estivemos! Tem estado cerca de 30 graus e os alemães com o calor transfiguram-se, ficam alegres, bem-dispostos e prontos para a farra.

Temos visto também algumas coisas surreais, por exemplo uma manifestação de roller skaters a exigir pistas próprias com direitos idênticos aos dos ciclistas. Eram uns 50, com um grande cartaz a dizer “Gebt uns Wege” e lá iam eles todos contentes no meio da estrada, acompanhados com 8 motas da polícia a abrir caminho e a interromper o trânsito!

Ontem à noite fui a uma festa de Tango! Descobri que o hobby da senhora que nos aluga o quarto é dançar tango e ela convidou-nos para ir a essa festa na rua, ao lado do Bodenmuseum. Foi muito agradável porque o museu dá para o rio Spree e com a iluminação, as ondinhas reflectiam-se nas paredes do museu e criava um efeito fantástico. Mais uma vez, tudo o que foi preciso foi umas mesitas com cadeiras, uma pista improvisada e o pessoal dançou tango a noite toda. Lindo!

E é isso. Á noite vamos sempre à Alexanderplatz dar uma volta e até agora está a ser muito positiva a nossa estadia aqui em Berlim.

Beijinhos a todos.

Em Berlim, faz como os berlinenses

Ola amiguinhos, Ontem fomos ao Mauerplatzpark, que e uma feira da ladra, e compramos uma bicicleta cada um! Este é o meio de transporte mais utilizado em Berlim. Os ciclistas andam na estrada, no passeio, em todo o lado e quem vai a pe e que tem de se desviar (desculpem la a falta de acentos, mas isto e um teclado alemao) e os carros tambem dao prioridade as bicicletas. Entäo pensamos: se näo os podemos vencer, juntamo-nos a eles. Foi o melhor que fizemos. Eu näo sei andar muito bem, mas la me vou aguentando, ate ja buzinei a um gajo que ia no meio do passeio a molengar!!! Mas foi bom porque ganhamos uma mobilidade que näo tinhamos e assim vamos poder sair um pouco da Alexanderplatz. E e tudo, estamos bem, com saudades das princesas, mas a gostar muito de estar aqui. Sabado a noite fomos a festa da cerveja, de facto, os alemäes säo um povo barbaro. Beijinhos a todos.

Ich bin ein Berliner!

Hoje fomos ao Bürgeramt registarmo-nos: somos oficialmente berlinenses!

Hallo Leute!!!

Já estou em Berlim há 3 dias e finalmente tenho internet em casa. A Hungria não deixa saudades, que a gente quer é trabalhar! Para já estou a adorar isto. Por ser Verão, os cafés estão sempre cheios de gente e à noite vamos sempre dar uma voltinha pelo nosso bairro. Estamos mesmo ao pé da Alexanderplatz, nem de propósito!

Mil beijos,
Susana

Budapeste

Estou em Budapeste há dois dias. Fazer as malas foi muito difícil – o que levar para vestir durante dois meses só até 20Kg? O B andava de um lado para o outro a ler pela décima vez a lista de documentos que temos de levar e eu sem saber quantos pares de sapatos pôr na mala… Mas o que custou mais foi a separação das minhas princesas. Eu sei que elas estão bem com os avós e a curtir a praia e os carrosséis à noite, mas quando o carro arrancou com elas lá dentro e eu fiquei a dizer adeus, não consegui evitar algumas lágrimas. Quando liguei nesse dia à noite estavam histéricas porque tinham acabado de andar na montanha russa. Que bom. Mas a B acabou por dizer que gostava era que o papá e a mamã estivessem a fazer castelos na areia com ela. É muito sensível a minha princesa.
O primeiro sítio que visitámos em Budapeste foi o Mercado central, que é pertíssimo do nosso hotel. Vendem lá uma variedade incrível de frutas e legumes frescos com umas cores tão vívidas que parecem pintadas. A comida típica de cá não é grande coisa, apenas uns bocados de carne com arroz espapaçado ou um prato engraçado de feijão sozinho. Não estava mau, mas era só feijão sem acompanhamento algum. Mas a doçaria, essa sim, é a especialidade dos húngaros! A primeira foto e a primeira compra foram uns bolinhos de fazer água na boca!
A cidade em si é imponente, tem edifícios imponentes, os jardins são cuidados e praticamente não se vê lixo no chão. Aproveitam os palácios históricos reconstruídos depois de 1945 para todo o tipo de finalidades – uns são universidades, outros museus, etc. Nós estamos no lado de Peste que é mais comercial, Buda é mais histórica e as vistas tanto de um lado como do outro são memoráveis.
Como a internet aqui no hotel é paga e está a ser usada para falar com as filhas, não sei quando volto a escrever nem quando vou inserir as fotos, mas está a saber bem estes diazinhos de férias.
Até breve e beijinhos para todos!

Berlin - Alexanderplatz, die Geschichte von Susana Mota

Não sou grande fã de Alfred Döblin nem do romance modernista, mas a razão da existência deste blog apontava este título e nenhum outro. Dentro de uma semana parto para Budapeste e depois para Berlim, onde vou viver dois anos. Entusiasmo não falta e histórias para contar decerto também não faltarão.

Até breve.